Para iniciar o ano com o nome limpo, empresas facilitam a vida do devedor com abatimentos de até 65% do valor do débito
POR Aurélio Gimenez
Rio -
Mesmo com as despesas de início de ano — IPVA, IPTU
e material escolar, entre outras —, ainda é possível começar o ano
tentando colocar as dívidas em dia e passar o resto de 2013 no azul.
Especialistas são taxativos em afirmar que a educação financeira e o
planejamento econômico familiar somadas à renegociação de dívida são as
principais ações para ter o nome limpo na praça.
Hoje em dia, as principais empresas financeiras e varejistas e até mesmo de serviços, como telefonia ou TV a cabo, oferecem aos clientes endividados descontos médios de 60% a 65% para quitar um débito. No último feirão ‘Limpa Nome’ de 2012, promovido pela Serasa Experian, um aposentado e correntista da Caixa Econômica Federal renegociou sua dívida de R$ 15 mil em dez vezes e com um desconto de 90%.
“A inadimplência nos coloca pra baixo. Enfim, consegui ver um sonho realizado neste fim de ano. E o melhor: consegui reduzir a dívida para R$1.300 e pagar em dez vezes”, contou, na época, Osvaldo Quirino, 58 anos.
“Diferentemente do passado, hoje o crédito está muito mais fácil. A ascensão da Classe C se deu pelo aumento de renda e pelo maior consumo. Porém, muitas pessoas ainda não estão acostumadas a controlar suas despesas”, aponta Fernando Cosenza, diretor de Sustentabilidade da Boavista Serviços, empresa de informação de crédito que centraliza o serviços de proteção de crédito em todo o país.
Conforme o executivo, estar endividado não chega a ser ruim, pois mostra que o consumidor teve condições de ter crédito. “Pode ser para comprar uma casa, um carro. O ruim é não pagar as despesas e virar um inadimplente. Então, a solução é procurar o credor e buscar a renegociação ”, orienta Cosenza.
Cadastro positivo pode baixar os juros
Economista da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida afirma que cada empresa apresenta uma proposta de renegociação de acordo com as possibilidades de cada cliente. Segundo ele, a pessoa endividada não deve ter vergonha de procurar o credor e discutir efetivamente a sua situação financeira.
Para Almeida, a partir do segundo semestre de 2013, a implantação do cadastro positivo poderá ser mais um aliado do consumidor consciente e de quem mantém suas contas em dia.
“Com o cadastro positivo haverá taxas de juros diferenciadas, beneficiando o consumidor que é bom pagador”, avalia.
Fonte: O Dia online
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